— Tem certeza que você vai pra lá? Falam que é um pouco perigoso.
— Vou sim. Eu sempre quis conhecer um lugar desses. E também preciso, por questões burocráticas.
Durante a ida, do avião, a quase 9 mil metros de altura, avistou o pôr-do-sol mais incrível que já tinha observado. O sol, naquele laranja forte e esplendoroso, brilhava imenso, nos 180 graus do horizonte. Era maravilhoso!
Ao desembarcar no aeroporto internacional, notou que as condições eram um pouco precárias. Paredes pintadas de azul e branco, descascando, ao redor de um piso velho, típico daquele que vemos nas rodoviárias de São Paulo. O banheiro então, parecia que era feito pros ratos, apesar de não haver nenhum ali naquele momento, logo após o desembarque.
A fila para passar na alfândega não era muito grande, mas as cabines também não lembravam em nada a modernidade dos países ricos do mundo ocidental. Com um olhar inexpressivo, o policial o fitou e, displicentemente, o mandou seguir adiante.
Quando percebeu que o rapaz era brasileiro, deu um sorriso e falou “Oh, Ronaldinho”. Constrangido, por estar num país completamente desconhecido, o jovem respondeu somente com uma tímida risada. Carimbo no passaporte, registrando a entrada de mais um estrangeiro, e o passeio estava apenas começando.